segunda-feira, 25 de agosto de 2014


Eu tinha 15, e não costumava sonhar. Aos 17 tinha certeza que meus sonhos eram o meu destino, razão absoluta, era tola. E quando descobri um mundo novo, sozinha, aos 18, eu vi que sonhar era ambicioso demais, a vida era demasiado medíocre para tal. Aos 20 encontrei alguém, e ele era meu sonho realizado, mas novos sonhos vieram, e tudo parecia inalcançável. Eu era um átomo bem preso ao chão, a gravidade não me deixava sequer planar, e o meu sonho eram as estrelas de outra galáxia a milhas e milhas da via láctea, estrelas que eu nem sabia ao certo se existiam. De repente o futuro parecia incerto e ao mesmo tempo era como se eu já tivesse um destino traçado, como uma condenação. Era feliz, mas nem perto de suficiente. Aos 21 a vida mudou, os dias mudaram, eu mudei. Tinha os sonhos mais claros, nítidos. Ainda os tenho, na minha mente estão traçados. Estou quase lá, há apenas 1 dia e uma eternidade para alcançá-los. Desta vez já vivi o suficiente, conheço mais do que quando tinha 17, pelo menos é nisso que acredito. E escolho acreditar que vai dar certo, escolho acreditar que aquele pouquinho de sorte que eu preciso vai acontecer e aí então não vou sonhar mais. Viverei o sonho. Alcançarei as estrelas mais distantes do universo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário